quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Desbafo do dia

Li agora uma frase de Oscar Wilde que me fez ficar pensativa "pouca sinceridade é uma coisa perigosa, e muita sinceridade é absolutamente fatal."
Tenho muito orgulho da pessoa sincera que me tornei. Demorou anos para que eu pudesse ter pelo menos a coragem de expressar o que realmente penso.
Veja bem: quando digo "sou sincera", não quero dizer que vou contando todas as minhas verdades. Mas, de algum jeito, as pessoas conseguem entender o que me vai à cabeça. E até então, eu andava gostando disto. Quem está comigo está porque eu gosto. Os que não gosto, se afastam diante do meu "olhar 43". Da mesma forma, entre os meus, é claramente possível entender o que me agrada e desagrada. E eu acha que isto era bom
Agora, no entanto, fiquei pensando: isto é bom mesmo? Será que ser tão previsível assim vale à pena? Tô começando a crer que não. Tem caroço neste angu, fia!
Observando, cheguei a conclusão que mamãe, quando dizia "não minta nunca", deveria ter dito "use meias verdades sempre".
No mundo de hoje, ser autêntico não é qualidade. Chega a ser defeito! Dependendo da situação e do lugar, pode até ser considerado um crime.
Este texto não tem qualquer pretensão de induzir uma pessoa a tornar-se antiética ou imoral. É, como em tantas outras vezes, um desabafo (mais um!) de quem está cansada de lidar com falsidades - melhor: é a opinião de quem está cansada de conhecer gente que acha que ser falso é bonito.
Sinceramente, não queria mudar quem sou. Mas, tem horas que levar bordoada cansa. Ser Rocky Balboa dói e, cá pra nós, sou bem mais interessante que Sylvester Stallone.
Um dia Deus me ouve e afasta de mim este cálice!
Pronto, falei!

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