segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Ao meu fiel inimigo...

Sabe aquelas verdades que a gente insiste em  não dizer, mas sempre dá ensaiada em frente ao espelho? (preciso crer que não sou só eu!!!).
Hoje resolvi colocar em carta algo que me incomoda muito muito muito. Começaria assim:

"Olá. Depois de tanto tempo... e eu que nem esperava. Acredite: eu tentei ignorar sua existência...
Como você bem sabe, sou fiel a Deus e com Ele aprendi a 'amar o outro como a ti mesmo' e foi por isto que decidi te esquecer lá no fundo do passado.
Te esquecer foi o jeito que encontrei pra não te odiar.
Deu certo. Deu certo té hoje.
Agora, recebendo notícias suas, não posso negar que uma pequena parte do meu coração se contraíu. Será o ódio que tentei repreender? Não sei.
Ouvi por aí que sua vida vai mal e por mais que eu queira (nem quero tanto assim!), não posso evitar que rumores de felicidade me cheguem ao rosto.
Sim, eu estou sorrindo!
Estranho considerar que, depois tudo, você ainda me faça rir.
Você está mal e eu estou bem. Sim. As coisas pra mim vão bem. Eu dei a volta por cima.
Enquanto você caía eu me reerguia.  Estamos em lados opostos, finalmente! Como sempre deveria ter sido.
Pense: nosso encontro foi um erro e foi nosso próprio veneno quem nos destruiu.
Confesso que tenho dúvidas. Terá sido meu mecanismo de defesa, que por tentar sobreviver, te reduziu a nada? Ou foi o seu veneno que, de tão fraco, só me fez mais forte.
Minha dúvida paira sobre a sua 'fraquesa'. Custo acreditar que isto seja verdade. Vanglorie-se. Você quase conseguiu. Quem consegue tal façanha não pode ser considerado simplesmente fraco. Também custo a acreditar que carrego em mim tamanha fúria. Custo a aceitar que sou pequena assim.
Será, talvez, justiça divina? Me soa mais bonito.
Vale informar que não tenho qualquer pretensão em estender este encontro. Não! Eu não quero te ver! Nunca mais
Passei apenas pra dizer que me curei. Descobri minha ave Fênix e fiz meu vôo.
Quanto à você? Espero que contine tendo o que merece.
Adeus!"

Um comentário: